"Se nossos caminhos tomaram rumos opostos, a culpa não foi total minha ou só minha."
Andei distante, pensativa... Não me afastei somente do blog, me afastei de tudo e talvez de todos.
Eu perdi aquele que estava disposto a tudo por mim. Por bobeira, assumo que parte do erro (grande parte até) foi eu que cometi...
A gente não sabe nada e não aprende nada, apenas por medo do passado vir a tona desacreditamos no futuro.
Sábado... Foi a última tentativa, para a busca do grande amor. Mas, ele fechou as portas e eu tive que procurar uma alternativa, um outro caminho...
Deixo aqui a história que eu contei a ele...
Havia uma grande batalha, e então um soldado chegou ao seu comandante e lhe pediu autorização para ir buscar um outro que estava ferido, quase morrendo.
O comandante com sua autoridade, disse: - Não posso lhe permitir isto. Ele está morto. Se vc for, pode se machucar, se ferir e não mais voltar, ser como o outro: morto.
Mesmo ouvindo isto, sabendo que poderia ser verdade. Ele deu meia volta e desebedeceu ao comandante. Voltou ao campo de batalha, mas se deparou com o que já se esperava, o outro estava morrendo, mas quando o viu, lhe disse: - Que bom que vc veio, saberia que voltaria... Por mim!.
E então sua vida acabou.
Então, ele se feriu para sair dali com o outro nos braços, se feriu e se machucou.
Quando chegou, o comandante foi ao seu encontro e perguntou: - Vc me desobedeceu, agora me diz... Valeu a pena vc ir atrás de um morto? E voltar ferido e machucado ainda por cima??
Ele com todo o respeito, mas seguro, respondeu: Sim, valeu a pena. Pq ele me esperava, e sabia que eu estava lutando e ali por ele.
Agora... O sentido da história pra mim e a explicação dada: Eu lutei até o último segundo, mesmo chegando pra buscar o amor praticamente morto... Mesmo voltando ferida e machucada, sem o amor vivo (nosso amor), se a razão ou qualquer um perguntasse a mim: Depois disto tudo valeu a pena ir até lá? - Eu com certeza responderia: Valeu! Pq eu tentei...
Fico por aqui e reflitam na vida de vcs tb!...
Ah.. claro, abaixo texto de Carlos Drummond
A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste
[[sem musica dessa vez]]
